O que acontece com os bens de quem não tem herdeiros? Veja como evitar que eles fiquem para o Estado
Quando não há herdeiros, quem fica com os bens?

O que acontece com os bens de quem não tem herdeiros? Veja como evitar que eles fiquem para o Estado
Você já se perguntou o que acontece com o patrimônio de uma pessoa que falece sem deixar herdeiros? Essa é uma dúvida comum, especialmente entre quem não tem filhos, pais vivos ou outros parentes próximos. A boa notícia é que existem formas legais de planejar o destino dos seus bens — e evitar que eles acabem nas mãos do Estado.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples o que acontece quando alguém falece sem herdeiros diretos, e como é possível destinar os bens para pessoas queridas, instituições ou até mesmo causas com as quais você se identifica.
Quando não há herdeiros, quem fica com os bens?
De acordo com o Código Civil, quando uma pessoa falece e não possui herdeiros necessários (como filhos, cônjuges ou pais), os bens são recolhidos pelo Estado, mais precisamente pelo município onde estavam localizados. Esse processo é conhecido como herança jacente, que depois se transforma em herança vacante, e por fim, os bens são incorporados ao poder público.
Essa regra, embora prevista em lei, nem sempre reflete o desejo da pessoa falecida. Afinal, muitas vezes existem amigos próximos, companheiros de vida ou instituições de confiança que a pessoa gostaria de beneficiar.
É possível escolher para quem os bens vão?
Sim! A maneira mais segura e eficaz de evitar que os bens acabem com o Estado é por meio de um testamento. Com ele, é possível escolher exatamente quem receberá os seus bens — seja uma pessoa amiga, um parceiro com quem você convive, ou até uma instituição filantrópica.
O testamento é um instrumento previsto em lei, que garante a sua vontade mesmo após a morte. Ele pode ser feito de forma pública (em cartório), particular (escrito à mão ou digitado) ou cerrado (lacrado), conforme as regras estabelecidas.
Quem pode ser beneficiado no testamento?
Na ausência de herdeiros necessários, não há limite quanto à escolha de beneficiários. Você pode deixar seus bens para:
- Amigos de longa data;
- Companheiros com quem conviveu (mesmo sem união estável formalizada);
- Instituições religiosas, educacionais ou de caridade;
- Causas sociais com as quais você se identifica;
- Qualquer outra pessoa que seja importante para você.
Esse tipo de planejamento é uma forma de respeitar a própria história e os laços construídos ao longo da vida.
Por que planejar a sucessão patrimonial?
Além de evitar que os bens fiquem para o Estado, o planejamento sucessório:
- Garante que sua vontade seja respeitada;
- Evita conflitos entre possíveis interessados;
- Dá segurança jurídica aos beneficiários;
- Pode até reduzir custos com impostos no futuro.
Mesmo quem tem poucos bens pode — e deve — considerar essa organização, pois ela evita surpresas e facilita o processo após o falecimento.
Considerações finais
Se você não tem herdeiros diretos e deseja que seus bens tenham um destino definido, o testamento é o melhor caminho. Ele é simples, seguro e pode ser feito a qualquer momento da vida.
Organizar o próprio patrimônio é um ato de cuidado com quem fica — e também uma forma de manter viva a sua vontade.
Ficou com dúvidas?
O planejamento sucessório pode parecer complexo à primeira vista, mas com a orientação correta, é possível tornar esse processo simples e seguro. Em caso de dúvidas sobre como formalizar um testamento ou organizar a destinação dos seus bens, buscar informações jurídicas confiáveis é sempre o melhor caminho.